O clima terrestre está em estado constante de mudança e, assim, a questão das alterações climáticas é muito mais importante e complexa do que parece. A Convenção das Nações Unidas sobre o Quadro das Alterações Climáticas (United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC) se refere a duas vertentes: a primeira relativa às mudanças climáticas e a segunda às alterações climáticas. Note-se que a Convenção das Nações Unidas sobre o Quadro das Alterações Climáticas, a UNFCCC, faz uma distinção entre "mudanças climáticas", atribuídas a atividades humanas que alteram a composição atmosférica, e "variabilidade climática" atribuída a causas naturais. Essa organização define em seu artigo 1.º, mudanças climáticas, como as mudanças atribuídas direta ou indiretamente às atividades humanas que alteram a composição da atmosfera global e que e contrastam com as flutuações naturais de clima catalogadas por cientistas durante os últimos séculos (períodos comparáveis).

A mudança climática refere-se a uma variação estatisticamente significativa à média do clima ou de sua variabilidade, persistindo por um período extenso (tipicamente décadas ou mais). A mudança climática pode acontecer devido a processos internos naturais ou forças externas, ou a mudanças atípicas persistentes na composição da atmosfera ou do uso da terra.  

Tais mudanças estão diretamente correlacionadas aos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, pois ele é o gás com efeito estufa dominante pelo volume emanado diariamente. Em 2000, por exemplo, pouco mais de 6 bilhões de toneladas de carbono foram emitidos para a atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2). Se essas emissões continuarem a seguir a mesma trajetória, nos próximos 40 anos, a média das emissões irá duplicar para 12 bilhões de toneladas por ano. Com isso, os níveis de carbono na atmosfera terão atingido quase o triplo dos níveis de 1760, o ano da criação do primeiro motor movido a vapor de condensação.

3.2.B Dados recentes da média global mensal de emissões de CO2



No começo de 2009, a concentração do dióxido de carbono na atmosfera da Terra chegou a 387 ppm em volume. De acordo com a NOOA e os estudos mais recentes do Dr. Pieter Tans, o números de moléculas de CO2 no mar também está aumentando. Como vimos no capítulo 2.5, além das cinco principais fontes poluidoras, os oceanos também são afetados pela poluição gerada a distância, proveniente da terra firme por meio de atividades conduzidas a centenas de quilômetros de distância dos oceanos. O gráfico acima mostra as diferenças nas médias da evolução (aumento) das moléculas de CO2 na água. 

Dados recentes de emissões de monoxido de carbono no Brasil 



Fonte: Sistema CATT-BRAMS  - CPTEC/INPE (Monóxido de Carbono (ppb) 74m - Total)