O gás de hidrogênio puro (H) é muito raro na atmosfera da Terra devido ao seu peso leve, o que possibilita que escape da gravidade da Terra mais facilmente que os gases mais pesados. Entretanto, o hidrogênio, na forma quimicamente combinada, é o terceiro elemento mais abundante na superfície da Terra.

Como o hidrogênio acabou sendo considerado um combustível para uso em carros?

O hidrogênio de utilização prática tem sido experimentado com o objetivo de ser o combustível do futuro, como já previra sir John Sanderson Haldane, em 1923, ao ganhar o prêmio da Universidade de Cambridge. Entretanto, produzir, armazenar, transportar e distribuir tal gás não é uma tarefa simples e, muito menos, com custo que possibilite seu emprego na maioria dos segmentos que poderiam fazer seu uso intensivo em transportes e geração de energia elétrica.

O transporte terrestre que utiliza carros, ônibus e caminhões absorve em torno de 90% dos combustíveis derivados do petróleo e desta fatia, cerca de 90 % (3,5 bilhões litros por dia), ou seja, mais da metade, fica por conta do automóvel. Não caberia aqui ser feita uma análise de como é usado o automóvel em função dos engarrafamentos nas grandes cidades e do uso individual sem compartilhamento, mas sim uma possível solução que será descrita mais adiante, ainda neste capítulo.

Cabe analisarmos o uso do automóvel como o meio de transporte que consome mais energia que a geração de energia elétrica do mundo. Eletricidade esta que fornece não só a iluminação das nossas casas, como a iluminação pública utilizada no metrô, nos trens elétricos, na produção da indústria, enfim em uma infinidade de usos de alto valor agregado que corresponde a muito menos do que a energia que o uso do automóvel representa[i].


[i] EIA – http://www.eia.doe.gov/cneaf/electricity/2008forms/consolidate_923.html